Novo papai, Gedeilson projeta ano longe da filha: "Vai ser duro demais"

No dia 18 de setembro de 2016, o Tombense venceu a Portuguesa por 2 a 0 no Almeidão, mas não conseguiu a vaga à fase seguinte da Série C do Brasileirão. Desta forma, a partir do dia 19, o elenco do Gavião Carcará entrou em férias. Um dos que mais aproveitaram o período sem treinos e jogos foi Gedeilson. Justamente no dia 19, Pérola nasceu, e o papai de primeira viagem teve dois meses para aproveitar a filhota.

De contrato renovado e de volta ao trabalho no Tombense, Gedeilson diz que Pérola nasceu na hora certa e comemorou o tempo que teve para ficar em casa com a filha, antes do início da pré-temporada.

– Ah, foi bom demais o tempo em que fiquei com ela. Estávamos no Rio de Janeiro e pude acompanhar os dois primeiros meses dela (Pérola). Eu já vinha de quatro anos sem férias, sempre saindo de um clube e indo para o outro. Neste ano, Deus preparou tudo certinho, e minha filha nasceu um dia depois do encerramento da temporada – destacou.

E Gedê, como é chamado pelos companheiros, sabe que o tempo que teve ao lado da esposa, Carolin, e da filha, será escasso em 2017. O jogador vai ficar no Tombense até o fim do Campeonato Mineiro e, se não tiver outra proposta mais interessante, permanecerá em Tombos para a Série C. A tendência, no entanto, é que Gedeilson tenha calendário cheio e muitas viagens para fazer, o que significa menos tempo com a família, em especial, a pequena Pérola. Ele lamenta a situação, mas se mira no futuro para justificar e superar a distância imposta pela intensa rotina do futebol.

– Encarar estas viagens longas que vem por aí, ficar fora de casa, vai ser duro demais. A gente abrir a porta e olhar para o rostinho da própria filha, sendo que ela é inocente, não sabe de nada, não é fácil. A gente acha que daqui a alguns minutinhos está em casa, mas a gente fica dois, três dias longe da família. É ruim deixa a esposa também, as duas, sozinhas. É difícil ficar longe. O amor que a gente sente é surreal, inexplicável. Pelo menos, tem o alento de ver a Pérola até o Natal, é uma motivação. Além disso, ficar longe de casa é necessário. Estou correndo atrás do futuro dela, o que me deixa mais tranquilo – comentou.

Com isso, a missão de segurar as pontas em casa e cuidar de Pérola na ausência de Gedeilson fica com a esposa do lateral-direito, Carolin. Segundo o jogador, a companheira no dia a dia tem sido um dos pilares para dar força para o atleta, não só neste momento da paternidade, mas também em situações complicadas da carreira.

– Ela é uma menina que eu só tenho que agradecer a Deus. Passei muitos momentos difíceis, já chorei muito, por acreditar que as coisas não dariam certo. E ela sempre me apoiou, dizia para eu não desistir e isso faz muita diferença neste dia a dia. Nos nós ajudamos muito. Somos mais fortes ainda com a nossa filha – comentou.

Em plena pré-temporada com o Tombense, com quem tem contrato até 2018, Gedeilson corre para agradar o novo técnico, Raúl Cabral, para vencer a concorrência com o lateral André Krobel e iniciar 2017 como titular no Campeonato Mineiro. Segundo o jogador, além do estimulo natural, esportivo, o nascimento de Pérola e a necessidade de uma carreira sólida para garantir o futuro da filha se tornaram combustível extra para Gedê a partir de agora.

– Tenho a prova viva disso. Quando um homem passa a ter a responsabilidade de pai, tudo muda, tanto na parte profissional, quanto na pessoal. Hoje encaro as coisas totalmente diferente. Nos treinos, no dia a dia, a motivação triplica. É através daquilo que você vai dar o sustento para a sua família nos próximos anos. Você passa a correr não só pela sua família, sua esposa, mas por alguém que acabou de nascer e depende de você – concluiu.

Fonte: globoesporte.com